quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Metade dos portugueses vive no estrangeiro


 Segundo o site IOL, citando o Diário de Notícias:

"O número de portugueses que emigraram, dentro da Europa, aumentou 52,6 por cento entre 2000 e 2006. A notícia é avançada pelo jornal Diário de Notícias, que cita o Relatório Internacional sobre Migrações de 2007 da OCDE.
Metade da população nacional vive no estrangeiro. Cinco milhões de portugueses optaram por emigrar e, na Europa, o valor subiu de 419 mil para 639 mil nos últimos seis anos.
Apesar de muitos cidadãos lusos continuarem a emigrar para a Suíça, Andorra, Luxemburgo e até França, há um acréscimo de fluxo para Espanha e o Reino Unido. Só na Alemanha se registou uma diminuição de portugueses.
Segundo o Diário de Notícias os novos fluxos migratórios traduzem-se em dois tipos de emigrantes: os que rumam para a Suíça e para o Reino Unido, em busca de trabalhos duradouros, e os que preferem Espanha, França e até Holanda, para trabalhos temporários. Estes últimos são quase sempre recrutados por agências de trabalho temporário.
Olhando para os vários continentes encontramos 1,3 milhões de portugueses nos Estados Unidos, 800 mil em França e 700 mil no Brasil.


Desde a década de 80 que Portugal também se tornou num país de destino para muitos que procuram uma vida melhor, mas isso não significou que menos portugueses procurassem outro futuro lá fora."


  • Caros leitores, metade da nossa população é emigrante, decidiu viver no estrangeiro, e este indicador parece estar a aumentar. Porém, Portugal é também um país de destino procurado por muitos na tentativa de uma vida melhor. Parece existir aqui um ligeiro parodoxo, ou será que não?


fonte: http://diario.iol.pt/sociedade/portugal-portugueses-emigracao-emigrantes-ocde-europa/947948-4071.html

Viva Portugal!!

16 comentários:

  1. Parabens pelo blog, tema interessante , temos que elevar o espirito da nosso país em vez de só falar mal e "resmungar".

    continuem c o bom trabalho

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  2. Na nossa opinião, o parodoxo que parece existir (Portugal serve para os estrangeiros e não agrada aos portugueses), explica-se pelos diferentes tipos de emigração. Por um lado, a emigração para Portugal (imigração, do nosso ponto de vista), é proveniente sobretudo dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), - no geral, mão de obra pouco qualificada e que se insere no sector da Construção CIvil - ; do Brasil - na generalidade, que resulta na inserção no sector da restauração, construção e comércio; e dos Países de Leste - igualmente para a Construção Civil, mas resultando numa mão de obra mais qualificada. Por outro lado, nos emigrantes portugueses, tem-se verificado uma evolução: no passado, tratava-se sobretudo de uma emigração adulta, no geral masculina, pouco especializada e letrada. Contudo, hoje em dia, esta corrente é constituída por jovens e adultos com maior escolarização e formação profissional. É, por isso, uma emigração diferente daquela que imigra para Portugal.

    Tópico de discussão:
    Os portugueses que emigram, quase sempre porque o seu país natal não tem condições para a satisfação das suas ambições, acabam por se encontrar numa posição de dualidade e incerteza. São portugueses nos países que os acolhem mas acabam por ser estrangeiros no país que os viu nascer. Será? Muitas vezes são só lembrados pelas suas remessas em divisas ou quando vão de férias a Portugal. Vivem durante todo o ano votados a uma espécie de ostracismo tendo frequentemente que lutar para que, por exemplo, os seus filhos tenham acesso ao ensino da língua pátria. Por outro lado, nos países em que vivem, e onde a sua participação na sociedade não é completa, acabam por não ser cidadãos de corpo inteiro.
    Os governos nem sempre terão a capacidade ou vontade para alterar este estado de coisas. Será que este ostracismo que vitíma os emigrantes (que apenas quiseram satisfazer as suas ambições) é mesmo real? ou será que é culpa daqueles que um dia viraram as costas ao nosso país?

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  3. Ola a todos,
    Relativamente á emigração, este é um assunto interessante.
    Cada vez mais existe emigração, isto deve-se ao facto de os portugueses querem ter uma vida económica estável, e em Portugal neste momento é praticamente impossivel, com o desemprego a crescer a um ritmo impressionante, só nos resta o estrangeiro...se queremos ter uma vida melhor...
    O vosso blog está espetacular...
    Continuem,
    bj Célia

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  4. O portugueses são desbravadores por natureza. Desde que o mundo é mundo estão inovando. O primeiro país, a primeira universidade, os maiores navegadores e os primeiros a fazer rotas comerciais dificílimas na época. Pena terem escolhido o caminho da burocaracia e estatismo quando todos, estavam desenvolvendo o fruto do liberalismo e iluminismo. Hoje se vê claramente o triste preço dessa opção. Enquanto os países liberais e protestantes se desenvolveram enormemente, Portugal é mais pobre hoje, do que quando descobrio o Brasil. Foram 500 anos de retrocessos motivados, principalmente, pelo imaterialismo católico, como evidencia Weber na sua obra mais importante.

    Não entendo como um povo tão capacitado, com um espírito positivo e valores tão bem estabelecidos, pode se deixar ludibriar pelas promessas do estado forte.

    Como todos sabem, os portugueses são bons negociantes, bons mercadores e vendedores. Minha mãe nascida em Portugal é prova disso. Seus pais vieram de Portugal para São Paulo e deram certo, abrindo uma pequena venda em um bairro relativamente humilde. Minha mãe se casou com um italiano, meu pai, e juntos constituiram uma família próspera e bem estamentada.

    Minha crítica ao povo Português hoje, é que comece a olhar para o capitalismo e para o mercado de outra maneira. Precisam evoluir, e para isso, precisam entender que governo, burocracia e impostos, apenas destroem a já então fraca economica portuguesa.

    Um beijo especial a bela Marcelina, que me convidou a participar desse blog, que tem uma proposta muito interessante!

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  5. Bom blog... Excertos de facto bem estruturados... Abraço

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  6. De facto, cada vez mais os portugueses procuram oportunidades de trabalho no estrangeiro. Talvez devido à crise ou à falta de vontade, já que muitos imigrantes conseguem boas oportunidades de emprego em Portugal. De qualquer maneira, os portugueses fazem sucesso cá dentro e lá fora.
    Parabéns pelo blog!

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  7. Portugal emigra sem saber para onde vai; como a maior parte dos povos que emigram, impelidos pela necessidade. Mas outrora, a emigração era quase exclusivamente rural; hoje, as cidades também emigram, porque o mal dos campos invadiu as cidades! O abandono do conheçimento, que tanto custa ao erario publico, torna-se num problema gritante para o desenvolvimento sustentavel, constituindo um fenómeno estrutural endémico para Portugal.

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  8. Antes demais PARABÉNS pelo Blog! É sempre bom divulgar o tema!
    Hoje em dia são imensos os portugueses que emigram devido à instabilidade economica que o nosso país atravessa e quando este não "dá", temos que arranjar uma solução.

    Inúmeras pessoas tentam arranjar seja o que for aqui, mas derivado à crise é muito difícil conseguir um emprego. Estes acabam sempre por emigrar ou seja vão à procura de novas oportunidades e de uma qualidade de vida melhor. Maior parte destes acabam por se dar bem e acabam por ter grande sucesso!

    Continuação de um bom trabalho!

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  9. 'Portugal encontra-se na cauda da Europa' é um comentário ao qual já estamos habituados. Sempre que são publicados novos dados sobre a Europa, continua-se a verificar que Portugal se está a tornar num país do 'terceiro mundo' dentro da Europa. É certo que estamos em tempos de crise, mas não se estão a tomar as medidas certas para que, o mais rápido possível ela seja ultrapassada. O clima de instabilidade que hoje em dia mais fortemente se sente, já existia em 2000, mas de uma forma mais 'silenciosa'. A governação deste país está a tornar a ideia de futuro nacional cada vez mais uma ilusão... É pena que a ideia de efemeridade seja algo que se esteja a construir em muitos dos jovens da sociedade portuguesa de hoje em dia, mas temos que, ao fim ao cabo, aceita-la não como uma perspectiva para emigrar para sempre, mas ir ganhar alguma experiência que cá em Portugal não nos é permitida, para mais tarde voltar e poder, de certa forma, ajudar o nosso país a sair da situação pouco confortável em que se encontra há já alguns anos. Pessoalmente, já me passou pela cabeça emigrar, porque as oportunidades profissionais cá são pouco rentáveis e não são devidamente fomentadas as inovações que por vezes surgem, sendo deixadas a um canto e se for preciso quem as descobriu, divulgou a sua ideia lá fora e foi plenamente aceite e bem sucedido. Com alguma 'surpresa', essa ideia voltará, ironicamente, a Portugal anos e anos mais tarde. É triste verificar isso, mas não julgo nem censuro as pessoas que o fizeram. Lutaram pela sua vida, viram uma oportunidade e agarraram-na! No fundo, é o que todos desejamos, ter alguma estabilidade tanto economica como emocional.

    Um beijinho para a Marc*

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. É de facto verdade, cada vez mais portugueses tentam a sua vida "lá fora", com o objectivo de melhorar as suas vidas, acabando, muitas das vezes, ficarem por "lá".
    O destino de emigrantes para Portugal, também um facto interessante, pois se os portugueses saem do país, porque não conseguem ter uma vida com estabilidade económica, como é que emigrantes vêm tentar a sua sorte no nosso país? Pois é realmente uma pergunta bem feita à qual não consigo responder.

    Boa sorte para o blog!

    Paulo Bernardo

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  12. Meus meninos muitos Parabéns pelo vosso interesse e dedicação! Lembrem-se que estão a semear os "frutos" que irão colher no futuro.


    Ana Gama

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  13. Antes de mais parabéns pelo blog.
    Concordo com o vosso ponto de vista no que diz respeito ao ''paradoxo'', porém há ainda a referir que a maior parte dos cidadãos que emigram vão com a pré disposição de trabalhar, para atingir os seus objectivos - e isso sim, faz toda a diferença.
    Não entendo, como num país como o nosso, em que existe ainda muita gente analfabeta ou com muito pouca formação (apesar de tentarem contrair isto com estatísticas, através de programas como o ''Novas oportunidades'' etc.) que se não se quer sujeitar a trabalhos como este - http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1576868

    Cumprimentos.

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  14. Produzimos para depois exportar, mai nada!

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  15. Antes de mais Parabéns pelo blog!

    A pedido da vossa professora Ana Gama decidi deixar o meu testemunho.

    Sou considerada uma expatriada (novo conceito de emigração).

    Actualmente vivo na Suécia já à quase 3 anos e trabalho como engenheira Mecânica num projecto da Volvo Trucks. Estou cá através da empresa onde trabalho em Portugal a dar suporte ao projecto até este estar terminado.

    Como eu cada vez existem mais pessoas a viver em "part time" noutros países devido aos requisitos dos seus empregos, e o fenómeno de expatriados aumenta de ano para ano de acordo com as estatísticas.
    As razões que levam muitas pessoas a aceitar empregos fora do país prende-se com o aumento dos salários, oportunidades de carreira, experiência pessoal e profissional, reconhecimento do seu trabalho, entre outras.

    A minha experiência de viver fora do país começou no Erasmus em Itália e já conto com 3 países no meu currículo.
    Mas por muitos países em que viva, tenho sempre vontade de voltar a Portugal e de construir uma vida aí...

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